quarta-feira, 18 de maio de 2011

O KIT

Quando tive contato com esta notícia pela primeira vez, achei que ela não passaria de uma euforia temporária e sazonal. Ledo engano, infelizmente. Eu estava em um seminário para professores da Escola Bíblica Dominical, quando nos foi apresentado um certo kit desenvolvido para levar aos alunos de escolas públicas, desde a mais tenra idade, ensinamentos sobre a relação homossexual, sobre estímulos sexuais entre parceiros homossexuais, sobre as maneiras de se prevenir doenças sexualmente transmissíveis, como evitar a AIDS através do uso de preservativos, e coisas semelhantes a tais. O objetivo de um certo encarte, que acompanhava o kit, era alcançar crianças em escolas públicas. Não se via nenhum pai ou mãe a quem houvesse sido dada a oportunidade obrigatória de se manifestar sobre tal coisa. Hoje, em jornal televisivo e para todo o país, foi anunciado que o tal kit está sendo debatido nas esferas legais, chegando ao Congresso Brasileiro. Então a coisa está andando, e a passos largos. O que mais impressiona, e creio eu que tenha sido o principal motivo para que a Presidente Dilma vetasse a veiculação do Kit, são dois dvd's integrados a ele, nos quais são mostradas crianças de mesmo sexo se beijando (veja a foto), um mostrando dois garotos e o outro mostrando duas garotas. Vejam bem a que ponto estamos chegando com esta história. É bastante antagônico vermos a luta dos pré-universitários e dos vestibulandos pelo ENEM que ainda se parece com um "eu, néim!", para vê-lo funcionando a pleno vapor, o que vem a ser uma atitude super positiva em contrapartida a um Projeto de Lei - PL 122/06 - que diferencia um universo de pessoas e o separa dos demais cidadãos, privilegiando-o com certas prerrogativas, as quais nenhum outro grupo de pessoas tem. Isto, sim, é discriminação. Se o nosso Congresso aprovar este projeto de lei, na forma em que ele se apresenta, deverá estendê-lo para todas as outras classes sociais também. Se o parâmetro for mesmo a discriminação, conforme se pretende insinuar, que seja ela tratada em todos os sentidos e setores da sociedade, ou seja, contemplando os negros, os brancos, os pardos, os católicos, os protestantes, os cristãos evangélicos, os deficientes físicos, etc. etc. pois que todos merecem ter os mesmos direitos e deveres perante a Lei. Este assunto está relacionado ao que se convencionou tratar-se de "homofobia", ou seja, de uma doença que como tal deve exigir do doente tratamento e do Estado as plenas condições para que o doente seja atendido e tratado, e não penalizado com detenção, conforme desejam alguns poucos. A situação se complica na medida em que se analisa o alcance da medida. Uma no cravo, outra na ferradura. Mas, vamos esperar para ver até onde vai o bom senso do Congresso, e a passividade do brasileiro. 

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