domingo, 3 de julho de 2011

O CORREDOR DA MORTE


Não podemos comentar sobre o corredor, sem antes falarmos um pouco sobre alguns tipos de condenação, e, por conseguinte, sobre alguns tipos de morte, aos quais ficaram sujeitos aqueles criminosos que foram enquadrados em artigos de leis que alguns, talvez até muitos, países adotaram, para combater a criminalidade em suas regiões. Existem alguns países no mundo, como por exemplo, os Estados Unidos, a Guatemala, o Caribe, a Ásia, África, dentre outros, que adotam em suas leis a pena de morte, como meio de satisfazer ao seu desejo de justiça. Para levá-la a termo, empregam métodos variados como a forca, o fuzilamento, a cadeira elétrica, a injeção letal, o gás, e ainda, em alguns casos, a degola ou decapitação, entre tantos outros. Para o ser humano, é a condenação máxima. O seu corpo vai morrer, e com hora marcada, da qual ele toma conhecimento no momento da sua condenação. Os efeitos da tomada de conhecimento da condenação, na mente e no corpo do condenado, são variados, indo de uma simples e momentânea indiferença, a um estado de stress tal que desencadeia uma série de consequências, como diarréia, ânsia de vômito, tonteiras e vertigens, desmaios, enfartes. No corpo humano, o procedimento da forca provoca a ruptura das vértebras cervicais e a secção da medula espinhal, com a conseqüente paralisação da função respiratória. É a chamada “morte suja” porque pode ocorrer, neste processo, a liberação das fezes e da urina do condenado, por perda do controle dos esfíncteres durante a morte. A cadeira elétrica causa uma destruição de vários órgãos internos e os globos oculares simplesmente estouram e, por este motivo, os réus deste tipo de morte são vendados, e têm bolas de algodão colocadas sobre os seus olhos, momentos antes das descargas elétricas serem acionadas. Mas, de tudo isso, o momento que mais traz angústia e desespero ao condenado é a sua caminhada pelo corredor da morte. A cada passo dado, em sua mente vai se materializando ato por ato a sua execução, e seu cérebro vai produzindo em seu corpo sensações e substâncias diferentes para cada situação imaginada. É o sofrimento da morte por antecipação. Tais alterações vão se exteriorizando em sua face, seus olhos vão se arregalando, sua pele vai se empalidecendo, sua respiração reflete a velocidade de seus batimentos cardíacos, que a esta altura esbarram nos cento e oitenta por minuto, e seus cabelos e pelos do corpo eriçam. O corredor parece de uma extensão infinita, que dura uma eternidade e seus lábios tremem de pavor. O que para os assistentes não passa de alguns poucos minutos, para o condenado ao corredor da morte é um longo tempo de tormento, durante o qual ele pode vir a se arrepender, ao vislumbrar em relances todos os crimes que cometeu, e vai se lembrar dos olhares de suas vítimas. Mas, terá sido tarde demais, ele entrou por um caminho sem volta, e, com toda a certeza ainda, vai acordar em um lugar não muito agradável, de onde será lançado para outro ainda pior, onde passará toda a eternidade.

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