sábado, 2 de julho de 2011

O DIABO: QUEM É ELE?


Não se trata, em absoluto, de fazermos aqui qualquer tipo de  apologia ao satanismo, mas, ao contrário do que muitos possam pensar, ele não nasceu mau e nem cruel, e não alimentava em seu coração nenhuma raiz de ódio ou de amargura, tampouco rancor, inveja ou qualquer outra obra da carne, como entendemos na atualidade. Em tempos remotos, na eternidade, não podemos precisar o momento porque isto não nos foi revelado e permanece encoberto ao homem até o presente momento, Deus criou um ser maravilhoso, dotado de grande poder e formosura, cheio de sabedoria e aferidor de medidas, ou seja, se alguém quisesse encontrar um padrão de beleza, de obediência, enfim um modelo de perfeição teria que olhar para ele. Entretanto, algo de muito estranho ocorreu com aquela bela criatura de Deus, que de uma hora para outra permitiu que se desenvolvesse em seu íntimo um forte desejo de se assemelhar ao Criador, de ser adorado como Ele, de ser tão poderoso quanto Ele. Tudo isto se deu antes da fundação da terra, e como eu disse antes não podemos precisar o momento desta ocorrência. O fato é que, dando tratos àquele sentimento, Lúcifer, cujo nome significa “aquele que brilha” ou “anjo de luz” se encheu de orgulho e soberba, e ambicionou o trono de Deus. Encontramos este registro nas Escrituras, no Livro de Ezequiel, no capítulo 28 a partir do versículo de número 12: “Você era o modelo da perfeição, cheio de sabedoria e de perfeita beleza. Você estava no Éden, no jardim de Deus; todas as pedras preciosas o enfeitavam... tudo foi preparado no dia em que você foi criado. Você foi ungido como um querubim guardião, pois para isso eu o designei... Você era inculpável em seus caminhos desde o dia em que foi criado, até que se achou maldade em você”. Aqui começou a queda daquele que era o modelo de perfeição. A soberba precede a queda, assim nos ensina a Palavra. Ele dizia em seu coração “subirei aos céus; erguerei o meu trono acima das estrelas de Deus; eu me assentarei no monte da assembléia, no ponto mais elevado do monte santo. Subirei mais alto que as mais altas nuvens; serei como o Altíssimo”. O embate deve ter sido muito grande, fugindo à nossa compreensão, porque, com certeza, Lúcifer não deve ter simplesmente aceito a sua expulsão, sem nenhuma reação. Na sequencia, o Senhor o lança fora do ambiente maravilhoso onde se achava, e isto não foi nada bom para os habitantes da terra: “Seu coração tornou-se orgulhoso por causa da sua beleza, e você corrompeu a sua sabedoria por causa do seu esplendor. Por isso eu o atirei a terra...”. Sacudindo de si a soberania de Deus, aquele querubim ungido tornou-se Diabo, cheio de revolta e de ódio, enchendo-se de um caráter extremamente malévolo e desejoso de vingança a todo o custo, custe o que custar. Ato contínuo, ele se lança contra a coroa da criação de Deus, o homem, feito à imagem e semelhança do Criador, destinado a desfrutar de tudo aquilo que ele desprezou ao ambicionar o trono do Criador. O potencial deste inimigo não deve ser desconsiderado, uma vez que ele não perdeu nenhum grama de sua força e poder, haja vista que, quando foi banido do céu, ele já havia convencido um terço de todos os anjos de Deus a segui-lo, e isto representa alguns milhões de demônios a mais sobre as nossas cabeças, com igual caráter de seu líder. Para compreendermos o atual rumo das coisas, nas mãos de nosso maior inimigo, basta olharmos à nossa volta, atentando para o crescimento vertiginoso da crueldade, da violência, do volume de crimes hediondos e outros mais de toda a ordem. Ele veio para roubar, matar e destruir. Portanto, importa-nos não negligenciar sua astúcia e sagacidade, e muito menos entendê-lo como amigo, pois ele destrói lares, desperta a inveja e separa pessoas, cria guerras, põe fogo nos relacionamentos, cria cizânias, levanta governos e mobiliza nações. E ainda fará descer fogo do céu, à semelhança de profetas do Senhor, para enganar as multidões. Uma vez implantado o ódio, ele se alimenta por si só. Não é nada bom pagar para ver.

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